edição ilustrada de “a través de mi ventana”

será que é necessário apresentar a história? pois bem. através da minha janela é mais uma das histórias exitosas do wattpad (plataforma de publicação de textos autorais).

raquel é uma jovem que vive com a mãe em uma residência modesta ao lado da mansão da família hidalgo. lá vivem os três também jovens herdeiros do império: artemis, ares e apolo.

e é pelo filho do meio, da mesma idade de raquel, que a moça nutre sua obsessão revelada em sua senha de wi-fi.

o primeiro livro inspirou a trilogia que hoje chega ao fim na netflix. sim, apenas o primeiro livro. diferentemente da versão cinematográfica que foca no relacionamento del dios griego y la bruja, os livros são dedicados a cada um dos filhos e por esse motivo também não encontramos versões tie-in (capa do filme) no volume dois da série.

a autora, ariana godoy é venezuelana, mas vive nos eua há algum tempo, tanto que a história se passa por lá, diferente do filme. sendo este, pra mim, um dos pontos fortes da mudança. a versão netflix se passa em barcelona, na espanha. dando mais sentido à alguns pormenores da trama.

obviamente a ideia do post não é fazer um ecomparativo ponto a ponto da mudança do papel pra tela, e sim mostrar a edição linda que tenho em mãos.

sobre a compra: desde que assisti ao filme quis ler o livro em espanhol (leio em espanhol desde a adolescência, então pra mim é algo tranquilo e não dói o bolso por ter algo com um valor mais alto parado na estante porque não consegui entender o idioma). cheguei a comprar a versão capa comum, mas como queria com a tie-in e veio a comum, acabei devolvendo. não me lembro quando/como soube desta edição ilustrada, só pensei “é agora”.

como era lançamento – final de 2022 – estava em pré-venda, mas mesmo após a data de lançamento que estava previsto atrasou, desisti por um tempo, e acabei encomendando com um presente de aniversário e chegou aqui em casa em junho de 2023.

o valor do livro* continua mais ou menos o que eu paguei, algo em torno de 120 reais.

bem, vamos as particularidades da edição.

a publicação é da mesma editora que lançou a história originalmente, alfaguara (um selo da penguin books voltado para o público hispano-falante).

a obra foi ilustrada pela artista espanhola naranjalidad. além da capa, há algumas cenas importantes retratadas na história, como as fantasias da festa de halloween.

todas as páginas são coloridas, formando assim um degrade de rosa para laranja.

detalhe para uma página do começo e outra do fim do livro.

e então, valeu a pena a espera? valeu muito! como disse anteriormente espanhol é um idioma que estou bem familiarizada, é realmente meu segundo idioma logo não foi um gasto apenas pra enfeitar a estante. nada contra, é só que pra mim funciona melhor assim.

gostaria muito de ter os outros volumes também ilustrados, porém não vi nenhuma movimentação sobre o assunto até o momento.

se se sentir confortável de ler em espanhol e quiser adquirir a mesma versão que eu, ainda está disponível na amazon*.

* ao comprar com o link acima recebo uma pequena comissão e isso ajuda na manutenção do blog

sobre esperar o momento certo

* este texto está sendo editado no momento em que o jornalista josé norbeto flesh anuncia que a banda retornará ao país. isso que eu chamo de sincronicidade! *

no meu “top 10: bandas favoritas” da vida está o grupo keane. provavelmente você conhece essa banda por conta de somewhere only we know. é linda, eu sei. inclusive esse dias, pra comemorar os 20 anos do álbum hopes and fears, a banda tornou pública em uma playlist as canções que inspiraram o maior sucesso deles.

mas não é de algumas das faixas do álbum de 2004 que vou falar hoje, e sim uma de 2008: spiralling.

os primeiros versos da música falam sobre o processo de espera. é esse esperar por coisas que não estão ao seu alcance, mas você vive a esperar.

I’m waiting for my moment to comeI’m waiting for the movie to beginI’m waiting for a revelationI’m waiting for someone to count me in

em uma forma mais prática, pensando como “quando eu tiver melhor equipamento”, “quando eu tiver tempo”, “quando eu tiver a oportunidade”, “quando eu tiver dinheiro”, “quando eu puder”, quando, quando, quando… e nisso, vivemos nessa expectativa de um futuro que não temos certeza.

nos últimos anos a única coisa que aprendemos é que a gente não tem certeza de nada, especialmente do amanhã.

posso explicar isso de forma prática: eu tenho protelado o retorno a escrita, à blogosfera há muito tempo, simplesmente porque eu estava esperando ter um tempo na minha agenda, terminar o curso, esperando entrar de férias, ter o equipamento x y z.

a questão é que não dá pra esperar. (óbvio que estou falando em casos específicos e que vivemos em uma sociedade capitalista que nos espreme em cobranças e metas [inalcançáveis para a grande maioria de nós] que corroem nossa joie de vivre, nossa saúde física e mental).

em algum momento eu teria que voltar, porque é algo que eu gosto de fazer, é algo no qual eu acredito. então decidi mudar: sentei em uma cadeira em frente ao computador estou escrevendo este texto. decidi deixar de esperar o “momento perfeito”.

como disse aí em cima: o mundo que a gente vive cobra demais. e, por esse motivo, estou dizendo não se cobre para realizar todas estas metas, não viva numa to do list fazendo as coisas apenas para dar um check. mas não deixe de fazer algo para além.

tem vontade de pintar um móvel, fazer um prato diferente, montar uma hortinha ou qualquer outra pequena vontade, como escrever em um blog sobre séries e livros, e você tem tempo + dinheiro básico (que não vai afetar o seu orçamento) + disposição? faça!

spiralling me trás muitas outras reflexões, mas no momento eu quero te dizer para não esperar o momento chegar. até sexta.

‘Cause now I only see my dreams, in everything I touch
Feel their cold hands on, everything that I love
Cold like some, magnificant skyline
Out of my reach, but always in my eyeline now

 

i’m baaaack

depois do quê? quatro anos?

pois é, realmente eu tenho uma coisa com isso de blog.

a questão é que há tempos visto um movimento de pessoas (especialmente as que trabalham ajudando pessoas que prestam algum serviço (artesanatos, por exemplo)) reforçando que o perfil em rede social não é seu, que um dia de bug pode acarretar em perda de vendas, neste caso.

por muito tempo tenho mantido minha mente cheia de ideias sem transformá-las nisso aqui, em texto. ok que a pandemia foi bem barra pra mim, mas sei lá, 2024 tem uma energia de que tá meio cicatrizando um pouco as feridas. então resolvi voltar porque é uma chance de espairecer, ainda que tenha uma leve chance de ser um portfólio também.

tenho textos escritos sobre coisas que já passaram, mas acho que não perdi o time (sim, lorena um dos próximos textos que vou publicar é pra você).

foi tudo meio uma conjunção de astros: eu meio que tava me resolvendo pra voltar e a loma veio com o movimento bring blogs back. então só posso dizer… i’m back  (com direto à calendário editorial. carnaval passou, ano novo começou!).

a ideia é postar terça e sexta e no momento já estou cheia de ideias. se quiser contribuir com essa tempestade de pensamentos? deixe sugestões nos comentários.

p.s.: não sei como perdi as imagens no backup :(, mas vou tentar resolver isso.

devaneios compilados #1

numa espécie de favoritos aleatórios, esta lista contém vídeos interessantes, um filme que me fez refletir (apesar de ser comédia), a melhor compra do mês passado, um perfil no instagram que estou amando e uma playlist gostosinha.

nas últimas semanas tenho feito uma imersão no conteúdo da Thais Godinho. se você não conhece o trabalho dela: ela é publicitária, mestranda em comunicação/sociologia do trabalho e desde 2006 escreve no blog Vida Organizada. essas são apenas algumas facetas da Thais. num dos vídeos recentes publicado no canal dela no youtube, veio um reflexão muito interessante e um hábito que pretendo implementar na minha vida.

Por que eu ainda leio jornal impresso

esse daqui foi um daqueles vídeos aleatórios recomendado pelo youtube num momento de ócio na plataforma. pelo o que entendi a Cristina é portuguesa. constrói móveis surpreendentes pro apartamento, e consequentemente pro canal dela. o que dá pra perceber no vídeo é que nem tudo é perfeito, às vezes os cálculos dão errado e é preciso refazer. ou seja, é um daqueles vídeos inspiracionais sem ter essa pretensão, você assiste e mesmo que não faça o mesmo em casa, já dá um ânimo pra tirar outros projetos pessoais do campo das ideias.

How to Make a Sofa for the Wall Sofa Bed System // Tiny Apartment Build – Ep.6

desdo ano passado que venho tentando me conectar com uma das minha atividades favoritas da infância: bordar. sim, eu era uma criança peculiar. sigo O Clube do Bordado há um bom tempo, mas só na metade de 2018 que fiz a lista de materiais e minha mãe comprou quando foi ao centro da cidade – isso em meio à um TCC. não saiu muita coisa, mas na minha lista de objetivos de 2019 tá lá “bordar pelo menos três bastidores”. um já foi. nos últimos tempos tenho conversado com a Lara (que foi quem me sugeriu este post) sobre o assunto e já estamos marcando um dia pra bordarmos, colocarmos o papo em dia e tomar um chazinho. mas pra começar é preciso os materiais, né?

MATERIAIS básicos para BORDADO LIVRE

Otherhood (Mãe e Muito Mais – Netflix/2019) conta a história de três mães – uma recém viúva, uma feliz no casamento e outra que apesar de ter se separado e se casado novamente, não para de falar no ex – que se conheceram quando os filhos brincavam juntos na infância. os filhos cresceram, saíram de casa, se mudaram pra Nova Iorque – cada um em um canto da cidade – e as amigas ainda se encontram e comemoram o dia das mães juntas. num destes dias, elas percebem que nenhum dos filhos lembrou da data. após alguns drinques resolvem procurá-los e confrontá-los. segredos são revelados para todos os lados e o final dá um quentinho no coração.

Fonte: IMDb

“mas Thayse ainda é começo de setembro!” (pois é, e eu comprei em agosto, veja só) não sei vocês, mas já tenho coisas marcadas pro ano que vem e como em 2019 estou usando o planner da Meg & Meg e amando resolvi continuar – não se mexe em time que está ganhando, né? – com a marca mais fofa. pra falar sobre a loja e da Jessica, a dona e designer por trás dos produtos, seria necessário um post exclusivo. mas enquanto isso dê uma olhada no instagram da Meg.

o planner escolhido foi o preto – bem gótica, bem emo. mas são seis opções de capa. custou R$ 159 + frete. muito mais barato que outras marcas e me atende super bem. tenho consumido muito conteúdo sobre organização e o planner é um ótimo aliado neste quesito. (será que vale falar sobre o assunto mais pra frente? me contem!)

PLANNER 2020 MEG & MEG

se você já assistiu algum filme do Wes Anderson já deve ter percebido uma peculiaridade das suas produções: simetria. bem, há alguns dias conheci uma conta e estou completamente apaixonada: Accidentally Wes Anderson que é alimentada por fãs do diretor, sempre com créditos, localização e simetria <3. sinceramente? não preciso falar mais nada.

https://www.instagram.com/p/B1gW30NH7r1/

desde janeiro publico mensalmente uma playlist nova no meu spotify. a deste mês tem uma vibe “chegue logo primavera” (inspirada por “California dreamin’ on such a winter’s day”? com certeza!).

Lara me disse que sou boa em indicar coisas e Amanda falou que queria ler minhas recomendações. espero que tenham gostado do formato.

no momento estou dando adeus para a minha família favorita de Miami, os Solano-Villanueva. assim que terminar Jane The Virgin quero falar um pouco sobre séries latinas por aqui. bem, é isso. até a próxima.

expectativas irreais

tenho más notícias.

é, eu realmente preciso ser realista neste momento.

eu não vou conseguir ler todos os livros e assistir todas as séries e filmes que estão na lista infinita. é, mas não se anime, você também não vai.

então qual é o momento de largar? se não faz sentir, não faz sentido. é o que dizem.

2019 está sendo um ano sabático não proposital pra mim, mas percebi que precisava desacelerar pelo bem da minha saúde mental e física. os boletos, porém, não pensam da mesma forma.

até o momento são 55 livros lidos (todos escritos por mulheres, yay!) e alguns outros ficaram pelo caminho. muitos episódios de séries assistidos (não tenho como contar) e alguns programas também ficaram pelo caminho. ah! e um blog que foi abandonado também.

nesse meio tempo rolou um negócio chamado colação de grau, sabe? e o que significa se formar jornalista no contexto atual? sinceramente, estou bem perdida e creio que meus amigos também estão.

mas voltando à este espaço aqui, há um termo bem interessante que conheci esses dias que é o slow blogging. a ideia é em parte “será que o leitor realmente consegue absorver os conteúdos que ele acompanha diariamente?” e “será que vale a pena escrever um texto raso, sem conteúdo relevante só pra manter o blog ‘atualizado’?” (há alguns blogs e vídeos no YT que explicam o termo e o movimento muito melhor do que eu, tá? uma dica: comece pelo da ).

em tempos de internet na palma da mão, a velocidade e volume de conteúdo produzido é enorme!

a ideia de ganhar dinheiro e se sustentar a partir do conteúdo que você produz na internet é tentadora. bem tentadora. e a ideia de um conteúdo não gerar engajamento, no sentido de quem ler não gostar, é assustadora. assustadora mesmo.

talvez seja este um dos motivos de nunca ter levado este blog com o empenho que eu realmente posso ter. mas a terapia tem me feito refletir bastante sobre o assunto, como eu lido com as questões da profissão que escolhi e como eu preciso escrever, só escrever para começar.

não estou prometendo textos diários. os semanais podem acontecer (slow blogging vide três paragráfos acima, ok?). mas quero trazer pra esse blog um pouco das conexões mentais que faço, ligar tramas diferentes com temas semelhantes. ou seja, frutos dos meus devaneios insensatos.

meus amigos mais próximos me apoiam bastante nas minhas ideias para este espaço, mas como disse antes algo me travava (e ainda trava).

então acho melhor reiniciar o sistema, o que acham? textos mais reflexivos e às vezes alguma coisinha da minha vivência.

este texto provavelmente não tem sentido algum. é a vida.

oi, eu sou Thayse Menezes. mineira de Beagá. professora de física que é jornalista e vice e versa.

The Order da Netflix, vale meu tempo?

Na última quinta (07) a Netflix lançou sua nova série de suspense sobrenatural, The Order. Com 10 episódios de cerca de 50 minutos, o programa conta a história do jovem Jack (Jake Manley de
A Dog’s Journey) que tem um dos seus maiores objetivos alcançados quando misteriosamente – em questão de segundos – vai de recusado a aceito na Belgrave University.

Entrar para BU significa para Jack a possibilidade de ingressar na Ordem Hermética da Rosa Azul, uma sociedade secreta onde seus integrantes tem contato com magia (e poderes que vão além da imaginação de qualquer um!), e assim conhecer e ficar perto de seu pai, Edward Coventry (Max Martini de 13 Hours) – o Grande Magus, basicamente o chefe d’A Ordem – e vingar-se pela morte de sua mãe.

Durante a seleção dos novos membros uma criatura começa a caçar e matar os futuros neófitos. E há também lobisomens rodeando o campus – que na verdade fazem parte de outro grupo secreto, Os Cavaleiros de São Cristóvão.

Logo no primeiro episódio Jack se encanta pela veterana Alyssa (Sarah Grey de Power Rangers (2017)), uma garota extremamente inteligente e que se torna sua tutora quando o calouro ingressa na sociedade secreta.

O que eu achei da série?

É preciso se lembrar que é uma série voltada para o público jovem-adulto, seguindo a linha de Sabrina e de Riverdale, por exemplo, o que significa que a classificação etária (16) se deve ao conteúdo macabro da história.

Um adendo importante é que misturar mitologias não é nem uma novidade, inclusive ter o Sam Trammell no elenco e o que acontece com ele no episódio 3 é um tanto interessante, já que ator interpretou o Sam Merlotte em True Blood. Seu personagem era um metamorfo numa série com vampiros, bruxas, lobisomens e fadas.

Por mais que o protagonista e o vilão sejam homens, atentem-se às mulheres do elenco, especialmente Alyssa e Lilith (Devery Jacobs de Rhymes for Young Ghouls), que pra mim são o ponto alto dos grupos secretos.

Mas e aí, vale? SIM! Bem, a série começa a engrenar lá pelo episódio 4, então não desista. Ainda assim é uma das melhores séries que assisti no ano e com certeza vale a renovação (com um cliffhanger daquele também…), já que tem muita coisa que pode ser explorada naquele universo ainda.

Assista ao trailer da série.

É hora de dar adeus aos Heck

Ontem foi ao ar, pela rede estadunidense ABC, o último episódio de The Middle. A família mais amada de Orson, Indiana deu adeus após 9 temporadas (2009 – 2018), 214 episódios e muitos jantares a base de fast-food.

The Middle foi uma sitcom espetacular. Teve sua primeira temporada confirmada após a exibição de dois episódios e produziu temporadas consistentes de 24 episódios (com exceção à s08, com 23 episódios).Iniciava suas temporadas no início da fall season (última semana de setembro/primeira de outubro) e as finalizava em maio, tendo episódios especiais de Halloween, Natal e dia das mães em todos os anos.

Um fato curioso: em 2006 foi produzido um piloto (com outros atores, exceto pelo o Atticus que interpretou o Brick nas duas versões), mas a ABC não aprovou o projeto e ele foi engavetado.

Antes da série Patricia Heaton e Neil Flynn já eram conhecidos do público. Heaton interpretou Debra Barone em Everybody Loves Raymond entre 1996 e 2005. Já Flynn era o Zelador (Janitor) em Scrubs entre 2001 e 2010 e o pai da personagem de Caty em Mean Girls (2004).

Você pode pensar que era mais uma série familiar americana. The Middle falava sim de uma família de classe média americana – e todos os perrengues que passavam, mas sempre com leveza e humor.

Bem, os Heck tinham aquela coisa de parecer um pouco com a família de todo mundo, sabe?

Frankie (Patricia Heaton), a mãe, zero dona de casa e detestava todos empregos que teve – a pior vendedora da concessionária e a pior assistente de dentista – mas compensava com muito amor pela família (e pela família real inglesa).

Mike (Neil Flynn), o pai caladão, que trabalhava a mais de 25 anos na pedreira da cidade. Mantinha uma relação fria – pra quem via de longe – em relação à seus filhos, sua esposa e seu próprio pai. Ficava todo desconsertado ao falar de coisas do coração, ou de tocar em assuntos sérios – como a paixão da filha pelo vizinho e melhor amigo de seu filho mais velho, ou quando recebe uma homenagem pelo tempo de serviço prestado à empresa. Mas era apenas o jeitão Mike de ser.

Os três filhos, cada um com suas peculiaridades.

Axl (Charlie McDermott), o primogênito – preguiçoso ao limite. Nos tempos de escola era o astro do futebol, era péssimo aluno, mas ótimo namorador. Ao enfrentar a vida adulta, lá pela 5ª temporada, descobriu que ser adulto era muito mais difícil que imaginava. Na faculdade já não era mais o astro, descobriu que relacionamento a distância não era pra ele e ainda se apaixonou pela roommate da irmã, que em certo ponto foi estudar na mesma universidade que ele.

Sue (Eden Sher), a filha do meio – Sue Sue Heck – a típica adolescente energética, entusiasmada com a vida e com tudo o que ela pode proporcionar. Cheia de roupas coloridas, um coração gigante e um quarto que parecia saído de uma revista dos anos 70/80 pelo tanto de flores coloridas. Na escola era desconhecida: até seus professores não lembravam seu nome. Excêntrica também como sua data de nascimento: 29 de fevereiro.

Brick (Atticus Shaffer), o caçula sempre amou a biblioteca. Ao longo dos anos adquiriu alguns tiques, como sussurrar repetindo o que acabou de falar. Extremamente inocente e interessado em todos os assuntos, isolou-se socialmente dos colegas de turma e tornou-se amigos dos livros. Era o único da família que tem na mesa de jantar como assento uma cadeira de praia.

No momento o episódio duplo que encerra a história, A Heck of a Ride, é neste momento o melhor da série ranqueado no IMDb.

Para conhecerem um pouco da família (a série ainda está na grade da Warner Brasil e a última temporada estreia no próximo sábado) vou compartilhar alguns dos meus momentos favoritos do programa:

– Quando o Mike foi pego em flagrante no combo lip sync + air guitar de More Than a Feeling do Boston parado no sinal? Uma clara referência à airband de Scrubs,

– Quando Frankie comprou dezenas de souvenirs e uma TV de tela plana só pra assistir o casamento de Kate e William em 2011,

– E repetiu o feito no casamento de Meghan e Harry,

– Quando o Brick descobriu a internet,

– E por fim toda amizade entre Sue e Brad, seu melhor amigo (e essa cena musical pra consolar a Sue quando ela descobre que é uma nerd – com todo o estigma que o termo carrega).

Adeus Orson! Adeus família Heck! Vou sentir a falta de vocês.

das coisas loucas da vida

Filme: Adult Beginners (2014 – Ross Katz)

quando estava no ensino fundamental convivia mais com os livros do que com meus colegas de turma, e durante esse tempo conheci uma coleção onde o leitor escolhia o destino dos personagens ao final de algumas páginas.

os cadernos daquela época se foram, e com eles os nomes dos benditos livros. por mais que procurasse, o google nunca me respondeu exatamente com o nome daquela série.

eis que assistindo um filme na netflix, provavelmente a comédia independente mas boba e clichê de todas – onde o protagonista, depois de perder tudo, volta a morar com sua irmã na casa onde cresceu e acaba virando o babá do sobrinho.

nesse meio tempo, em que a irmã está preparando a casa para vendê-la, o protagonista vai encontrando partes da sua infância, como fitas k7s e brinquedos.

num determinado momento eis que está ele junto de um walkman sony amarelo – ostentação – e com um livro na mão onde pode-se ler house of danger, cuja capa me lembrou a daqueles livros de doze anos atrás. após uma rápida “googlada” encontro o nome da coleção: choose your own story. EUREKA!

achei a coleção, em sua versão tupiniquim dos anos 80, mas não exatamente os livros que li. aparentemente vou ter que visitar a biblioteca que em outros tempos me acolheu.

 pois é, segue a vida.
p.s.: o nome do filme é Adult Beginners (Adultos Inexperientes – 2014)

6 séries que amei em 2017 (+2 que nem tanto)

Antes que questionem-me, 2017 foi um ano que tentei terminar séries antigas – sem muito sucesso -, e algumas séries importantes e interessantes não foram assistidas (The Handmaid’s Tale e Big Little Lies, por exemplo), mas são as próximas na lista de espera.

Lembrando que são as minhas impressões, e que, especialmente as que eu reprovei, podem não ser a mesma opinião que a sua.

Resolvi partilhar seis séries que assisti ano passado e achei completamente sensacionais. Eis a lista (sem ordem de preferência):

Catastrophe (Channel 4/GNT Play | 2015 – atualmente)

Conheci essa série através das chamadas no GNT e basicamente conta a história de Rob, um americano que viaja para Londres por conta do trabalho e num happy hour conhece Sharon, uma professora. O que era para ser um relacionamento de uma noite se estende por todo o fim de semana.

Um dia, após retornar para casa, Rob recebe uma ligação de Sharon contando que está grávida. Ele então resolve retornar à terra da Rainha para decidir junto da “namorada” qual caminho seguiriam.

A gravidez evolui e o casal resolve morar junto e casar (para inclusive legalizar a estadia de Rob no país). Tudo isso a contragosto de ambas famílias.

Atualmente a série foi renovada para a quarta temporada, sendo 18 episódios exibidos até o momento. E também é marcada como o último trabalho de Carrie Fisher, a eterna princesa Leia, falecida no final de 2016.

Bellevue (CBC Television | 2017 – ?)

Essa série (ou mini-série, não consegui informações precisas se ela terá alguma continuação ou não – para mim a história já está concluída) conta a vida de Annie (Anna Paquin), uma policial canadense que tem uma personalidade forte que não agrada os moradores da pequena Bellevue.

Um dia uma adolescente trans desaparece, Annie fica encarregada do caso e conforme a investigação avança ela percebe que conhece menos as pessoas com as quais conviveu por toda a vida.

O grande ponto da história é que seu pai também era um policial e por anos investigou o desaparecimento de uma adolescente. O caso nunca foi solucionado e o consumiu de tal forma que acabou cometendo suicídio quando Annie ainda era criança.

Com pistas sobre o assassinato que enlouqueceu seu pai aparecendo e a investigação do caso recente, sombras do seu próprio passado – que ela nem lembrava – retornam.

É um drama policial bem tenso, com bastante suspense.

The Crown (Netflix | 2016 – atualmente)

Essa dispensa apresentações, certo?

The Crown é uma série biográfica sobre a Rainha Elizabeth II, ou Lilibeth para os íntimos. Iniciando com o seu casamento, a morte de seu pai e sua consequente ascensão ao trono. Guerras, disputas políticas e tensões – MUITAS TENSÕES – familiares.

A série teve duas temporadas com Claire Foy interpretando Elizabeth. A própria atriz afirmou na premiere da segunda temporada que no próximo ano será substituída por uma atriz mais velha.

Outlander (Starz/Netflix/Fox Premium | 2014 -atualmente)

Adaptada dos livros de Diana Gabaldon conta a vida de Claire, uma enfermeira que vai passar a lua de mel com o marido, Frank, na Escócia em 1945. Após um acidente ela é transportada para 1743.

Neste novo século, Claire é primeiramente mantida em cárcere pelo chefe de um clã como a curandeira daquela comunidade. E devido vários percalços percebe que a única solução é se casar com Jamie Fraser, sobrinho do chefe e um rapaz com um passado complicado e doloroso.

O casamento com o passar do tempo se torna muito mais afetuoso do que Claire imaginava, e em determinado momento desiste de tentar retornar ao século XX e para seu primeiro marido.

A história se passa em meio à disputas territoriais e políticas entre Escócia e Inglaterra. Vale muito a pena.

Good Behavior (TNT US | 2016 –  ?)

Essa série conta sobre Leticia, ou Letty, uma ladra, dependente de álcool e mãe solteira que perdeu a guarda de seu filho para a própria mãe – com direito à ordem de restrição – e Javier um matador de aluguel.

Eles se conhecem quando Letty está roubando o quarto de hotel onde Javier vai se encontrar com um novo contratante. Ao ouvir todo o planejamento através do armário, ela decide que irá salvar essa futura vítima. O plano dá errado e ela se vê envolvida numa relação complicada com esse cara misterioso.

Aos poucos vamos conhecendo melhor quem são essas pessoas e um pouco de seus passados.

O nome da série é em parte irônico, ao se pensar que aqueles personagens não são vilões 100% do tempo.

A série tem duas temporadas exibidas e até este momento não há posicionamento da emissora sobre renovação ou cancelamento.

Big Mouth (Netflix | 2017 – atualmente)

Acho que é a animação que mais fez sucesso ano passado, né?

Nada como os monstros da puberdade vistos sob uma perspectiva adulta! A série conta esse momento de transição comportamental/hormonal de um grupo de amigos. Primeira menstruação, primeiros namoros, incertezas e principalmente amizades. E os dubladores da versão original são atores bem conhecidos. Ah! E não podemos esquecer dos fantasmas.

O criador da série, o ator Nick Kroll contou sobre inspirações e outras coisas mais num painel na última CCXP.

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É preciso mencionar também as maravilhosas Santa Clarita Diet, Dear White PeopleChewing Gun, Lovesick, Raven’s Home e F is For Family.

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E agora duas que me decepcionaram:

Girlboss (Netflix | 2017)

A série é inspirada pelo livro homônimo que faz bastante sucesso por falar de independência e empreendedorismo feminino. E isso me entusiasmou bastante, porque a Nasty Gal, empresa da Sophie da vida real, é um sucesso tanto em vendas quando em conceito. Mas o problema da série é a própria protagonista.

A Sophie da série é tão chata que não consegui passar do primeiro episódio.  Pelo visto não foi só eu que achei isso, já que a série foi cancelada. E olha que não foi por falta de ação publicitária.

Ah! E no primeiro episódio que se passa no início da década de 2000, aparece a protagonista usando uma paleta de sobras que só foi lançada em 2013. Isso me deixou um tanto pensativa…

Disjointed (Netflix | 2017 – atualmente)

A série criada por Chuck Lorre (o mesmo criador de Two and a Half Men, The Big Bang Theory e outras) conta a história de Ruth, dona de uma loja de maconha medicinal.

A história tinha tudo pra ser engraçada, mas não é. Inclusive das 25 séries lançadas em 2017 pela Netflix é a que teve pior avaliação dos críticos, e ainda assim ganhou uma nova temporada.

Eu achei extremamente massante. E eu tinha até fé de que seria boa, devido The Big Bang Theory ter melhorado nas últimas temporadas, a estreia de Young Sheldon e a cada vez melhor Mom. Mas sinceramente não sei o que aconteceu.

Assim como Girlboss, não consegui passar do primeiro episódio.

 

E agora que venha 2018 com séries maravilhosas.

The End Of The F***ing World: muito mais do que adolescentes rebeldes

Primeiramente é preciso dizer que The End of The F***ing World não faz jus à nenhuma sinopse que você pode ler por aí. Nenhuma delas pode explicar a grandiosidade e complexidade do programa.

Vejamos: a série é baseada numa série de quadrinhos dum autor britânico chamado Charles S. Forsman e foi lançada em 2017 pelo Channel 4 e distribuída internacionalmente pela Netflix desde a última sexta-feira. E em qualquer  lugar que você, caro leitor, procurar informações sobre TEOTFW a ladainha apresentada será a mesma:

“James (Alex Lawther, de Black Mirror) ainda não sabe, mas está prestes a mudar de vida com a chegada de uma garota nova no seu colégio. Assim como ele, a novata Alyssa (Jessica Barden, de Penny Dreadful) também tem problemas em se relacionar com outras pessoas e se vira muito melhor sozinha. Aos olhos alheios, são apenas dois adolescentes estranhos, mas para eles, trata-se da parceria perfeita. E juntos, logo percebem que seguiram por um caminho sem volta.”

Que fique claro: TEOTFW não é uma comédia, TEOTFW não é um romace, TEOTFW é um drama. Um bom drama britânico sobre adolescentes, como só o Channel 4 sabe fazer.

Confesso que já tinha lido sobre a série –  como avisei anteriormente – não havia me interessado sobre a premissa apresentada. Porém a coisa mudou quando eu assisti o trailer lançado pela Netflix ~~ aaaaah o marketing ~~.

https://www.youtube.com/watch?v=ALiYLgpYfeg

Em um rápido resumo sem spoilers, a série trata de dois adolescentes deslocados no mundo, com grandes problemas familiares e que devido a imaturidade (porque são adolescentes, entendam) decidem fugir daquela monotonia que vivem.

James quer fugir de um pai entusiasmado demais e busca de sentir algo. E Alyssa quer fugir da vida de aparências que leva com a mãe, os irmãos e o padrasto (com quem o desprazer da convivência é mútuo).

Nessa fuga muita coisa acontece, como o carro que explode, a invasão de uma casa e uma perseguição policial (que não vou contar os motivos para evitar spoilers – mas uma menção honrosa às detetives que estão no caso).

É preciso ressaltar que em TODOS os episódios há um adulto fazendo m*rda com os garotos, sejam abusos físicos, emocionais e até abusos sexuais (sim, no plural).

A constatação final é que fugir nem sempre é a solução e que na verdade não conhecemos nossos pais de verdade. Talvez o momento em que James teoriza que o provável motivo de seu pai sempre manter a casa barulhenta é que o silencio é muito mais doloroso, seja a resposta.

A série trabalha tanto com os diálogos entre James e Alyssa como com os monólogos dos pensamentos dos dois.

Confesso que há muito tempo que uma série não me deixava extasiada e impactada como TEOTFW me deixou na madrugada de sábado. Os episódios de cerca de 25 minutos passavam como se fossem 3. E o final me deixou atônita.

mais embasbacada que a Holly Golightly

Algumas cenas me lembraram outras séries como How I Met Your Mother (mais especificamente a cena de 500 Miles) e Good Behavior, série que pretendo apresentar aqui em breve.

Os pontos fortes da série são com certeza a trilha sonora, a fotografia e a química entre os protagonistas. E o ponto fraco, bem, penso que o desfecho da história foi tão “redondinho” que não creio que haverá uma nova temporada.

E você já assistiu? O que achou? Conte-me nos comentários.